A sexta-feira, 12 de maio, marcou a vida de estudantes mogimirianos que, pela primeira vez, tiveram contato com a história de Joaquim Firmino de Araújo Cunha, considerado um herói abolicionista de Mogi Mirim. Joaquim Firmino era um delegado que se negava a colocar a polícia para capturar escravos que fugiam. Isso despertou a ira da elite escravocrata. Tanto que, numa madrugada de 1888, foi retirado de dentro da própria casa e, na frente dos filhos e da mulher, foi linchado até a morte.
Para mostrar a importância de Joaquim Firmino para a história não apenas de Mogi Mirim, mas do Brasil, a Prefeitura de Mogi Mirim, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, e com apoio na pesquisa do Cedoch, promoveu três apresentações no Centro Cultural “Professor Lauro Monteiro de Carvalho e Silva”, sendo duas delas voltadas para o público escolar, e uma terceira para a população em geral.
As apresentações para os alunos da rede municipal da ensino foram compostas por um vídeo introdutório e uma peça teatral com artistas do grupo de teatro Cia Imagem Pública. O vídeo retratou ‘O crime da Penha’, relacionado ao episódio da morte de Joaquim Firmino, já que aconteceu na cidade vizinha de Penha do Rio do Peixe, que mudou o nome para Itapira por conta da repercussão do crime, numa tentativa de dar uma limpada na imagem negativa que a cidade ganhou em todo Brasil naquela época.
Já a peça contava a história de uma jornalista, que numa interação com o público, escreveu sobre a morte de Joaquim Firmino e seu legado para o movimento abolicionista no país. Pesquisadores acreditam que o homicídio do delegado teria antecipado a assinatura da Lei Áurea (libertação dos escravos), três meses depois. Quem participou da apresentação ao público em geral, pode acompanhar uma palestra sobre a vida de Joaquim Firmino.
“Joaquim Firmino ficou marcado na história porque ousou mudar o sistema e ajudou o ser humano, independente da raça e da cor”, disse ao público o secretário de Cultura e Turismo, Luiz Dalbo.